sexta-feira, 30 de julho de 2010

A HISTÓRIA DAS ASSEMBLEIAS DE DEUS

A HISTÓRIA DAS ASSEMBLEIAS DE DEUS


No início do século XX, apesar da presença de imigrantes alemães e suíços de origem protestante e do valoroso trabalho de missionários de igrejas evangélicas tradicionais, nosso país era ainda quase que totalmente católico.
A origem das Assembléias de Deus no Brasil está no fogo do reavivamento que varreu o mundo por volta de 1900, início do século 20, especialmente na América do Norte.
Os participantes desse reavivamento foram cheios do Espírito Santo da mesma forma que os discípulos e os seguidores de Jesus durante a Festa Judaica do Pentecostes, no início da Igreja Primitiva (Atos cap. 2). Assim, eles foram chamados de "pentecostais".
Exatamente como os crentes que estavam no Cenáculo, os precursores do reavivamento do século 20 falaram em outras línguas que não as suas originais quando receberam o batismo no Espírito Santo. Outras manifestações sobrenaturais tais como profecia, interpretação de línguas, conversões e curas também aconteceram (Atos cap. 2).
Quando Daniel Berg e Gunnar Vingren, chegaram a Belém do Pará, em 19 de novembro de 1910, ninguém poderia imaginar que aqueles dois jovens suecos estavam para iniciar um movimento que alteraria profundamente o perfil religioso e até social do Brasil por meio da pregação de Jesus Cristo como o único e suficiente Salvador da Humanidade e a atualidade do Batismo no Espírito Santo e dos dons espirituais. As igrejas existentes na época - Batista de Belém do Pará, Presbiteriana, Anglicana e Metodista, ficaram bastante incomodadas com a nova doutrina dos missionários, principalmente por causa de alguns irmãos que se mostravam abertos ao ensino pentecostal. A irmã Celina de Albuquerque, na madrugada do dia 18 de junho de 1911 foi a primeira crente a receber o batismo no Espírito Santo, o que não demorou a ocorrer também com outros irmãos.
O clima ficou tenso naquela comunidade, pois um número cada vez maior de membros curiosos visitava a residência de Berg e Vingren, onde realizavam reuniões de oração.
Resultado: eles e mais dezenove irmãos acabaram sendo desligados da Igreja Batista. Convictos e resolvidos a se organizar, fundaram a Missão de Fé Apostólica em 18 de junho de 1911, que mais tarde, em 1918, ficou conhecida como Assembléia de Deus.
Em poucas décadas, a Assembléia de Deus, a partir de Belém do Pará, onde nasceu, começou a penetrar em todas as vilas e cidades até alcançar os grandes centros urbanos como São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Porto Alegre.
Em virtude de seu fenomenal crescimento, os pentecostais começaram a fazer diferença no cenário religioso brasileiro. De repente, o clero católico despertou para uma possibilidade jamais imaginada: o Brasil poderia vir a tornar-se, no futuro, uma nação protestante.



O que é a Assembléia de Deus?

A Assembléia de Deus é uma comunidade protestante, segundo os princípios da Reformada Protestante pregada por Martinho Lutero, no século 16, contra a Igreja Católica.
Cremos que qualquer pessoa pode se dirigir diretamente a Deus baseada na morte de Jesus na cruz. Este é um relacionamento pessoal e significativo com Jesus.
Embora sejamos menos formais em nossa adoração a Deus do que muitas denominações protestantes, a Assembléia de Deus se identifica com eles na fundamentação bíblico-doutrinária, com exceção da doutrina pentecostal (Hebreus 4.14-16; 6.20; Efésios 2.18).
A Assembléia de Deus é uma igreja evangélica pentecostal que prima pela ortodoxia doutrinária. Tendo a Bíblia como a sua única regra de fé e prática, acha-se comprometida com a evangelização do Brasil e do mundo, conformando-se plenamente com as reivindicações da Grande Comissão.
A doutrina que distingue as Assembléias de Deus de outras igrejas diz respeito ao batismo no Espírito Santo. As Assembléias de Deus crêem que o batismo no Espírito Santo concede aos crentes vários benefícios como estão registrados no Novo Testamento. Estes incluem poder para testemunhar e servir aos outros; uma dedicação à obra de Deus; um amor mais intenso por Cristo, sua Palavra, e pelos perdidos; e o recebimento de dons espirituais (Atos 1.4,8; 8.15-17).
As Assembléias de Deus crêem que quando o Espírito Santo é derramado, ele enche o crente e fala em línguas estranhas como aconteceu com os 120 crentes no Cenáculo, no Dia de Pentecoste. Embora esta convicção pentecostal seja distintiva, a Assembléia de Deus não a tem como mais importante do que as outras doutrinas (Atos 2.4).
O seu Credo de Fé realça a salvação pela fé no sacrifício vicário de Cristo, a atualidade do batismo no Espírito Santo e dos dons espirituais e a bendita esperança na segunda vinda do Senhor Jesus. Consciente de sua missão, a Assembléia de Deus não prevalece do fato de ter, segundo dados do IBGE (Censo 2000), mais de oito milhões de membros. Apesar de sua força e penetração social, optou por agir profética e sacerdotalmente. Se por um lado, protesta contra as iniqüidades sociais, por outro, não pode descuidar de suas responsabilidades intercessoras.



quarta-feira, 28 de julho de 2010

Pelo Retorno à Palavra

Consultor teológico e doutrinário da maior igreja evangélica do Brasil, o pastor assembleiano Antônio Gilberto ressalta a essencialidade da Bíblia

Por Carlos Fernandes

Enquanto aguardam a liberação de uma sala para a entrevista, Antônio Gilberto e o repórter conversam sobre a Igreja Evangélica e assuntos relativos à fé cristã no Brasil. O pastor folheia um exemplar de CRISTIANISMO HOJE. “Não há mais muito temor a Deus”, comenta, a respeito do conteúdo de uma reportagem. Ele dá uma olhada pela janela e balbucia, como se falasse consigo mesmo: “Quem de nós tem buscado ao Senhor em espírito e em verdade?”. Em dado momento, a secretária lhe traz as informações que solicitou sobre um evento. A procura não é tão grande como o esperado. “É impressionante, irmão”, diz. “Antigamente, eram comuns campanhas de oração de uma semana, cultos de consagração que duravam um dia inteiro. Agora, o pessoal não quer orar nem por cinco minutos.”
Não, Antônio Gilberto da Silva não vive do passado, embora admita que os tempos idos lhe trazem ótimas recordações. É um homem ativo e perspicaz, para quem a chegada dos 80 anos de idade parece ter trazido apenas mais experiência. Sobe com desenvoltura os três lances de escada na sede da Casa Publicadora das Assembleias de Deus (CPAD), no Rio. Ali, ele sente-se mesmo em casa. Respeitado por seu profundo conhecimento das Escrituras, é professor e consultor teológico e doutrinário não só da editora, mas da denominação. Integrante da Diretoria da Convenção Geral das Assembleias de Deus do Brasil (CGADB), é presença certa em seminários e congressos sobre Escola Bíblica Dominical, assunto em que é especialista. “O crente deve estudar, estudar e estudar a Palavra de Deus”, afirma. “Só quem está ao lado da Bíblia pode manter-se espiritualmente de pé.”
Ao longo desta entrevista, por diversas vezes Antônio Gilberto assumiu uma postura de contrição. “Glórias a Deus, irmão, glórias a Deus”, disse, erguendo os braços e fechando os olhos, todas as vezes que foi solicitado a falar acerca de suas realizações na obra do Senhor. Elas não têm sido poucas ao longo dos últimos 65 anos, desde que se converteu, ainda adolescente. Casado, com quatro filhos e oito netos, o pastor diz que quer servir ao Senhor enquanto lhe der graça e força. “Minha oração é para permanecer fiel. A fidelidade traz felicidade.”



CRISTIANISMO HOJE – Como está a Assembleia de Deus hoje, às portas do centenário?

ANTÔNIO GILBERTO – Eu digo que ela está caminhando bem, pela graça de Deus. O início de nossa igreja e seu crescimento são provas de que esta obra não pode ser dos homens. Como o trabalho daqueles dois obreiros estrangeiros [N.da Redação: os missionários suecos Gunnar Vingren e Daniel Berg, oriundos dos Estados Unidos, fundaram a Assembleia de Deus no Pará, em 1911] poderia despertar espiritualmente o país se não fosse pela ação do Espírito Santo? Hoje, a Assembleia de Deus é querida e acatada, tem comunhão com as igrejas coirmãs e é uma referência em sentido geral.

Quantos membros tem a denominação?

É uma pergunta muito difícil de ser respondida, inclusive por causa de seu tamanho. Há mais de quinze anos, fizemos um levantamento amplo. Embora não tenha havido o retorno de todas as informações solicitadas, projetamos com segurança uma membresia da ordem de 11 milhões. O levantamento baseou-se apenas nos membros batizados, sem levar em conta as crianças e os frequentadores eventuais. Claro que não podemos afirmar este número com rigor científico, mas serve para dar uma noção da amplitude de nossa igreja.

Durante muito tempo, a Assembleia de Deus foi vista como uma igreja conservadora em relação a usos e costumes. Hoje, percebe-se maior liberalidade, sobretudo no contexto urbano. Houve exageros no passado?

Acontece que muitos irmãos e irmãs do passado, com pouco conhecimento do assunto à luz das Escrituras, praticaram excessos, estabelecendo regras individuais e regionais desnecessárias. Usos e costumes bons e santos devem fazer parte do testemunho cristão.

O uso da TV, por exemplo. Dizia-se que o crente não podia assistir à televisão, mas hoje os evangélicos usam-na largamente para anunciar o Evangelho.

Exato. Já se disse que a TV era anátema e pecaminosa. Aqueles irmãos do passado eram sinceros em sua fé, mas a ignorância e o exagero levam ao erro de muitas maneiras. Sabemos também que a mera observação de usos e costumes na igreja, de modo legalista, sem o lastro e a prática da doutrina bíblica, leva o cristão ao farisaísmo, ao legalismo, ao fanatismo religioso, à falsa santidade e à pretensa salvação pelas obras. Só que hoje vem ocorrendo o abandono de bons costumes que têm origem na doutrina cristã. Hoje, há pessoas que dizem que a Bíblia não trata de costumes. É que a palavra “costumes” nem sempre é traduzida pelo emprego deste termo na Bíblia. Se a doutrina bíblica for compreendida e observada com sabedoria e discernimento, ela certamente levará à prática de bons costumes. A doutrina é a garantia de perenidade de qualquer igreja.

Diversas igrejas independentes têm usado o nome “Assembleia de Deus”, mesmo sem qualquer ligação com a CGADB. A denominação cogita alguma medida contra isso?

Quem pode pronunciar-se sobre este ponto é a Direção nacional da igreja. Esses chamados “pentecostais” ou “neopentecostais” leem a Bíblia, mas não a estudam no sentido estrito deste termo. Eles só querem saber de manifestações humanas, como gritar, rolar, pular, expulsar demônio, praticar exorcismo. É um inominável erro cuidar só de manifestações e não do verdadeiro relacionamento com Deus, aquele que transforma a vida das pessoas. Primeiro, a predominância do Espírito Santo segundo as Escrituras; depois, os efeitos de sua manifestação. No início do movimento neopentecostal no Brasil, por volta dos anos 1960, várias igrejas que surgiram me convidavam para lhes ministrar sobre as doutrinas fundamentais da fé cristã. Esse interesse arrefeceu, como é fácil detectar nos seus escritos e programas de rádio e televisão. Esses grupos precisam despertar a tempo para, em primeiro lugar, dar espaço contínuo e amplo ao estudo sistemático da Palavra de Deus. A Assembleia de Deus está correndo o mesmo perigo; muito pouco estudo da Bíblia, priorizando suas doutrinas básicas.

E quais são as doutrinas básicas observadas pela Assembleia de Deus?

O assunto é muito extenso para tratar numa entrevista, mas eu poderia destacar algumas. A inspiração divina da Bíblia, que é específica, única e plenária. Quando o apóstolo João encerrou o Apocalipse e guardou a sua caneta, encerrou-se também, na providência divina, o cânon das Sagradas Escrituras. Sua inspiração é plenária no sentido de que Deus colocou na mente dos santos escritores sagrados não só a ideia ou o conceito da mensagem recebida dele, mas além disso guiou-os sobrenaturalmente na escolha das palavras. Também enfatizamos a salvação pela graça divina, quando o homem carente da salvação aproxima-se de Deus pela fé em Cristo. Ninguém tem mérito algum para ser salvo. Ser moralista, caridoso e altruísta é agradável a Deus, mas nada disso leva à salvação. Também cremos no Deus trino e triúno. Essa é uma verdade bíblica e doutrinária que transcende a mente humana, por mais capacitada que ela seja. Nem gênios como Newton e Einstein foram capazes de entender a triunidade de Deus. O que nos cabe é aceitar pela fé o que o Senhor diz na sua Palavra. O Pai é Deus, o Filho é Deus, o Espírito Santo é Deus. E também várias outras doutrinas fundamentais, como a do pecado, a da santificação, a da volta de Jesus em breve…

A doutrina do pecado não tem sido muito falada…

O assunto pecado é antipático e tem sido evitado, mas é real, assim como são reais o céu e o inferno. Quem crê em Cristo, segundo as Escrituras, está salvo da condenação eterna; quem não crê, já está condenado. É esse o Evangelho que eu prego com amor; o amor com que Deus nos ama.

Como a Igreja Evangélica deve agir em face do mundo?

A Igreja de Jesus – a verdadeira Igreja, aquela que teme ao Senhor e segue a sua Palavra – não pode se coadunar com a filosofia do mundo, que cada vez mais afunda no pecado. A Igreja neotestamentária é necessariamente diferente do mundo; de modo que, no dia em que a Igreja se coadunar com o mundo, e vice-versa, será o fim. Quando o mundo diz sim, a Igreja diz não. É assim que deve ser.

Essa diferença tem se diluído?

Infelizmente, a Igreja está muito mais parecida com o mundo do que deveria. Nós devemos enxergar esse processo como sinal dos tempos – e, sem querer ser pessimista ou negativo, tudo que tem acontecido ao redor do mundo faz parte de um panorama profético. E haverá choques tremendos entre o povo de Deus e o mundo. Veja esse pacote de leis que hoje tramitam no Congresso Nacional e nas Assembleias Legislativas. Refiro-me a temas como a chamada união civil de homossexuais, a legalização do aborto, a descriminalização do uso de drogas hoje ilegais e as restrições ao trabalho de evangelização, entre tantos outros pontos. Mais do que nunca, o crente precisa manter-se fiel. A segunda vinda de Jesus ao mundo é um acontecimento iminente. A qualquer momento, o Senhor virá. Que bom seria se o mundo despertasse para buscar ao Senhor enquanto é tempo!

O senhor prevê uma perseguição contra a Igreja no Brasil?

Mas sem dúvida nenhuma. A propósito, eu faço parte de uma comissão em nossa denominação encarregada de redigir posições bíblico-doutrinárias sobre assuntos como união de homossexuais, família, casamento e o divórcio, inclusive o de obreiros. Queremos dar orientação clara ao nosso povo. Estamos nos debruçando sobre isso já prevendo que, se este pacote de leis for aprovado, perseguições tremendas virão, como já tem acontecido aos cristãos em outras partes do globo. Somente uma Igreja neotestamentária, ortodoxa, que teme ao Senhor e respeita a Bíblia no sentido correto, estará preparada para enfrentar estes novos tempos. A profecia de Daniel, nos capítulos 2 e 7 de seu livro, sem dúvida abarca o que estamos a responder. Tudo começou com “ouro”, mas terminou com “ferro misturado ao barro”. Não haverá inversão disso, como querem os homens que pensam sem Deus. A Palavra do Senhor é fiel e infalível. Há uma degradação crescente e geral no mundo, conforme I João 4.3.

Esse panorama de degradação o deixa chocado?

Não, eu não me choco com isso. Vejo tudo como uma advertência espiritual. O Senhor advertiu a todos sobre isso em textos como o de Mateus 24. O mundo está posto no maligno. Todas as instituições seculares sofrem com a influência e ação malignas. Não estou dizendo que todas as pessoas que não conhecem o Senhor agem deliberadamente de má-fé. Mas o secularismo da sociedade as afasta de Deus. E neste contexto, a Igreja de Cristo deve proceder como dela está escrito em I Pedro 2.11, como peregrina e forasteira. Isto é, ela não pertence a este mundo. E por falar nisso, ela está perdendo sua identidade bíblica. E como recuperá-la? Voltando à Palavra de Deus e, ao mesmo tempo, clamando por um avivamento genuíno, soberano, irresistível, como já aconteceu tantas vezes na Bíblia e também na história da Igreja.

Como definir avivamento?

Há quem pense que o avivamento espiritual da Igreja caracteriza-se apenas pela manifestação de dons sobrenaturais e operação de milagres. Segundo as Escrituras, avivamento é uma renovação espiritual soberana da parte de Deus, uma sobrenatural intervenção divina entre o seu povo. E isso se caracteriza inicialmente pela fome incontida pela Palavra de Deus. Sempre que uma igreja é despertada pelo Espírito de Deus, ela busca sem cessar a renovação espiritual, a santificação e o conhecimento constante e profundo da Palavra de Deus, tanto na congregação como na vida de cada crente.

Mas então como a Igreja Evangélica tem crescido tanto no país?

Não é bem assim no presente momento. O número de genuínas decisões por Cristo vem diminuindo nas igrejas. A Igreja tem crescido em quantidade. Não sou contra a quantidade – quanto mais pessoas se tornarem crentes em Jesus, melhor. Mas, quanto aos seus, o Senhor conta primeiro com a qualidade de vida espiritual, moral, social e familiar. Lembre-se do caso de Gideão: Deus só permitiu que ele fosse acompanhado por 300 homens à guerra, ao invés dos milhares que havia. Ora, do dia para a noite você consegue encher um templo ou um estádio de gente; basta dizer o que as pessoas gostam e querem ouvir. No início da Igreja, praticamente não havia necessidade de apelo e convite para o povo vir a Cristo. O poder de Deus era tão manifesto que as pessoas, por livre iniciativa, procuravam os apóstolos com a pergunta: “Que devo fazer para ser salvo?”.

A situação está assim por culpa da liderança?

Nesta resposta, eu gostaria de substituir a palavra “liderança” por “pastores”. Liderança tem a ver com direção, mas, em termos de igreja prefiro abordar o assunto partindo dos pastores, aqueles que receberam de Deus o chamado e o ministério de apascentar. O pastor torna-se líder porque antes já era pastor; ele não é pastor simplesmente porque é líder de uma obra. Nem todo líder cristão é obreiro do Senhor só pelo fato de ser líder. O pastor que apenas é líder torna-se um profissional, e não um vocacionado da parte do Senhor. E os pastores precisam enfatizar a importância primordial da Bíblia Sagrada. Está faltando a Palavra em nossos púlpitos. Hoje, nos cultos evangélicos, 80% do tempo é gasto com assuntos e atividades que nada têm a ver com a exposição da Palavra de Deus. Veja as músicas de hoje – não têm nada de Bíblia, é só passatempo. Muitas vezes, quem compõe nem salvo por Cristo é. O resultado está aí: carência espiritual, pobreza de fé, crentes sem vida. Nossos pastores precisam despertar para semear a Bíblia. O povo está sem alimento. Se a ovelha recebe comida fraca, ou adulterada, pobre dessa ovelha!

A solução seria o incentivo à Escola Bíblica Dominical (EBD), uma instituição que atravessa uma crise em tantas igrejas?

Repito que uma igreja, um povo, uma família, quando despertados por Deus, mediante o Espírito Santo e a Palavra, procurarão com perseverança conhecer a Bíblia. A EBD deve enfatizar o estudo da Palavra de maneira metódica, atingindo desde o bebê até ao ancião, com professores treinados, de maneira sistemática. É preciso haver currículos definidos, senão o assunto fica a esmo. É claro que, mesmo se for ministrada de maneira precária, a Palavra sempre trará resultados na vida das pessoas, pois ela é viva e não volta vazia. Contudo, não atingirá o objetivo de construir uma igreja forte. No passado, a luta do inimigo era para destruir a Bíblia. Quantas bíblias foram queimadas na Idade Média, nas fogueiras da Inquisição? Hoje, como o diabo sabe que não há como fazer isso, sua luta é para corromper a mensagem da Palavra. E está conseguindo!

Em 1989, a Assembleia de Deus dividiu-se em dois grandes segmentos, a CGADB e a Convenção de Madureira (Conamad). Passados vinte anos, os dois grupos estão mais próximos ou mais distantes?

Não chamaria o que aconteceu de divisão, e sim, de cisão administrativo-eclesiástica. Acompanhei bem de perto o processo e sei que havia desde algum tempo certas discordâncias, mas não desavenças espirituais, religiosas e doutrinárias. As igrejas Assembleias de Deus professam a mesma doutrina. Eu integro a CGADB e, regularmente, sou gentil e honrosamente convidado por colegas obreiros da Conamad para participar de eventos e ministrar a Palavra de Deus. Sinto-me honrado e também grato a esses companheiros de ministério por essas solicitações. Da mesma forma, temos regularmente pastores e outros líderes de Madureira em eventos da CGADB. Eu, pessoalmente, mantenho a expectativa de desaparecimento desta cisão.

O que o senhor experimentou no passado e sente falta nos dias de hoje?

Ah! Do movimento dinâmico e sempre crescente de evangelização; da inflexível e intensa disposição e vontade de todos os crentes de ganhar pessoalmente almas para Jesus. Logo que Jesus me converteu, aos 14 anos de idade, Deus me usou para evangelizar uma família inteira, ajudado por outros irmãos. Aquelas sete pessoas se entregaram a Cristo e se tornaram crentes fiéis, perseverantes e frutíferos para a glória de Deus. Que alegria! Sinto falta também dos cultos de oraçao e de vigília daquela época. Hoje, o tempo que passamos na presença do Senhor, buscando a sua face em cultos coletivos, é tão curtinho… Outra coisa maravilhosa era a comunhão cristã fortíssima entre os irmãos. Todos na igreja eram unidos. O que acontecia a um era compartilhado por todos.

A esta altura da vida, qual a sua prioridade?

Permanecer fiel. Fiel a Deus; fiel à sua Palavra; fiel à doutrina; fiel à família; fiel aos compromissos assumidos; e fiel à minha igreja e aos colegas de ministério. A fidelidade só pode trazer felicidade. Imagine a alegria de, conforme Paulo disse em II Timóteo 2.15, podermos nos apresentar a Deus como obreiros aprovados! Mas Deus dá-nos da sua graça. “A minha graça te basta”, disse Deus ao apóstolo.


Fonte: Cristianismo Hoje - Entrevista com o pastor Antônio Gilberto http://cristianismohoje.com.br/ch/pelo-retorno-a-palavra/

domingo, 25 de julho de 2010

Os pastores das Igrejas Assembleias de Deus e as Eleições de outubro 2010

João Cruzué

No dia 03 de outubro de 2010, serão realizadas eleições para todos cargos políticos desta nação, exceto para prefeitos e vereadores. As principais matérias de cunho anti-cristão, tais como aborto, casamento gay, projeto de lei da homofobia, projeto de direitos autorais da internet e outras, estão estrategicamente escondidas nas gavetas do Congresso esperando que o término dessas eleições para voltarem com toda força. No momento, os crentes que sempre foram considerados o atraso da sociedade brasileira pela grande maioria dos políticos, estão sendo paparicados e adulados.
Creio que isto não é novidade para nenhum dos leitores.
Como também não é novidade a certeza que muitos políticos descrentes têm, que é muito fácil comprar o voto dos evangélicos a partir de propostas indecentes para seus pastores. Eles sabem que a fé e a moral desses pastores são bem relativas - com as raras e abençoadas exceções de sempre.
Pois bem, assim que os próximos deputados federais e senadores tomarem posse, em 2011, todos os assuntos anti-bíblicos engavetados e camuflados, voltarão à pauta. E os crentes voltarão a ter o cheiro ruim de fundamentalismo e atraso que eles sempre disseram, depois de eleitos.
Se estes projetos contrários à Bíblia se converterem em Lei - como já aconteceu na Argentina, no Chile e na Suécia - berço dos missionários que fundaram e organizaram a Igreja Evangélica Assembleia de Deus no Brasil - eu tenho algo muito grave a dizer. Se estas leis vieram a prejudicar a sociedade brasileira, é por culpa principalmente dos Pastores da Igreja Evangélica Assembleia de Deus.
Por que?
Porque seus templos recebem a visita de todos os candidatos com pretensão ao Congresso Nacional. Os homens que decidirão o destino das leis. Esses pastores sabem exatamente o que deve e o que não deve ser feito com os votos dos membros das suas Igrejas. E digo mais, que é muito difícil um aspirante ao Congresso Nacional, hoje, conquistar seu cargo - sem votos de evangélicos.
Se na próxima legislatura, as crianças e adolescentes de nossas Igrejas voltarem para casa com um cartilha de homoafetividade na mão, impressa com autorização do MEC. como está acontecendo no Chile. Se no dia de amanhã, pastores forem obrigados a mudar a liturgia ministerial em suas Igrejas para se adequar à lei de homofobia - como aconteceu na Suécia. Se no dia de amanhã quebraram as portas de templos evangélicos para celebrar casamentos e outros eventos para gays e lésbicas, eu vou culpar e responsabilizar principalmente os pastores da "minha" Igreja - a Igreja Evangélica Assembleia de Deus.
Vou culpar por não conscientizarem seus membros, porque eu não me atreveria a pensar que os culparia por negociar os votos potenciais de suas Igrejas em favor de ímpios por dinheiro ou vantagens inescrupulosas. Ou por empregos para parentes, terrenos para templos ou cinco milheiros de blocos.
Senhores pastores, o voto evangélico representa, no mínimo, 25% dos eleitores desta nação. Não costumamos votar com base em vida religiosa dos candidatos, mas por sua potencial competência. Mas de agora em diante, os candidatos comprometidos com causas inimigas da Igreja, ainda que vierem vestidos de branco e trazendo auréola de santos - não merecem o nosso voto. Não devem recerber um voto que seja de um cristão, que tenha temor de Deus.
E por falar em temor de Deus, antes de votar em outubro pergunte para seu travesseiro: o deputado federal e os dois senadores que estiver pensando em votar, vai respeitar os interesses cristãos diante de um projeto que venha a prejudicar a Igreja? Se tiver dúvidas - não vote neles.
E se seu pastor estiver fazendo campanha ostensiva ou disfarçada na Igreja em favor de candidatos, que só aparecem na Igreja no período eleitoral, reuna alguns irmãos e peçam explicações a ele. Não seja omisso, pois no dia que seu filho ou neto voltar para casa com uma cartilha gay ou sua Igreja for obrigada a realizar casamentos gay, ou ser proibido ler a Bíblia inteiro no púlpito, a culpa vai ser do seu pastor e também sua porque não fez nada - a não ser criticar.
Isto é muito duro, mas é melhor dizer agora - antes das eleições.







sábado, 17 de julho de 2010

ESCOLA BÍBLICA DE OBREIROS



PROGRAMAÇÃO 2ª ESCOLA BÍBLICA DE OBREIROS -ADJUF

DATA: 24 E 25 DE JUlHO 2010

LOCAL: ASSEMBLÉIA DE DEUS, AV. DOS ANDRADAS, 1125- MORRO DA GLÓRIA

ENTRADA FRANCA
PALESTRANTES:


PR. NELSON TAVRES JÚNIOR (MG)
PR. CIRO SANCHES ZIBORDI (RJ)
PR. HÉLIO ALVES DE OLIVEIRA (MG)
PR. ELIAS PEREIRA DA SILVA(MG)
PR. EZEQUIEL ARAÚJO ANDRADE (MG)

PROGRAMAÇÃO:

SÁBADO:

Manhã
Início - 8:00h – leitura Bíblica, louvor, oração.
Palestra 1 – 8:30h ás 10:15 – Pr. Ezequiel Araújo
Palestra 2 – 10:30h ás 12:00h – Pr. Hélio Alves

Almoço: 12:00h às 14:00h

Tarde
Início: 14:00h – leitura bíblica, louvor, oração.
Palestra 3 – 14: 20h às 15:50h Pr. Nelson T Júnior

Intervalo: lanche, descanso,banho,etc.

Noite

Início :19:15h –louvor, oração, leitura bíblica.
Palestra 4 – 19:30h ás 21:00h. Pr Ciro Sanches Zibordi
Encerramento: 21: 05.

Domingo

Manhã

Início: 9:00h – Oração, louvor, leitura bíblica
Síntese da EBD. 9:15h às 9:45h
Palestra 5 – 9:50h às 11:30h Pr. Ciro Sanches Zibordi
Almoço: 12:00h às 14:00h

Tarde
Início: 14:00h –Louvor, oração, leitura bíblica
Palestra 6 – 14:15h às 15:45h – Pr. Elias Pereira

Noite – Culto Evangelístico – Início: 19:00 h Pr. Ciro Sanches

TEMAS:

Batalhando pela fé cristã e conservando a palavra de Deus.
Batalhando pela fé cristã e mantendo a unidade da Igreja.
Batalhando pela fé cristã, usando os talentos dados por Deus.
Batalhando pela fé cristã, buscando um avivamento pleno.
Batalhando pela fé cristã, preparados para o arrebatamento da Igreja.
Batalhando pela fé cristã, liderando com eficácia.

O horários e palestrantes poderão ser mudados em virtude de força maior.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Subsídio da Liçao 3 EBD - As Funções Sociais e Políticas da Profecia

LIÇÃO 3 - As Funções Sociais e Políticas da Profecia

TEXTO ÁUREO
"Não havendo profecia, o povo se corrompe; mas o que guarda a lei, esse é bem-aventurado" (Pv 29.18).

- à guisa de Rm 12.1,2, deve haver uma constante exposição doutrinária perante a congregação a fim de não permitir a conformação de muitos com o mundo. ‘Profecia’ aqui encerra o sentido de ‘visão’ e ‘revelação’ e afirma que a vontade revelada do Senhor e suas justas exigências conforme explícitas nas Escrituras, são o meio pelo qual o homem pode permanecer bem-aventurado. Deixa, ainda, uma solene advertência: Os que não permanecerem na Sua benignidade serão cortados.

VERDADE PRÁTICA
O objetivo principal da profecia bíblica é levar o homem a amar a Deus acima de todas as coisas e ao próximo como a si mesmo, a fim de que haja ordem e bem-estar social.

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Jeremias 34.8-11,16,17

COMENTÁRIO

I. INTRODUÇÃO)
Um povo só se torna realmente justo quando conhece, de forma clara e objetiva, o real significado da palavra justiça. Na Língua Portuguesa, a palavra justiça também é utilizada para referir-se a órgãos do Setor Judiciário, (Justiça do Trabalho, Justiça Federal, Justiça Internacional, etc...). Esse emprego duplo na linguagem ajuda a confundir, e o princípio de justiça ainda não é compreendido pela maioria (Justiça é o caráter, qualidade do que está em conformidade com o que é direito com o que é justo; princípio moral em nome do qual o direito deve ser respeitado - Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, Editora Objetivo, Rio de Janeiro, 2001). A palavra ‘justiça’ refere-se, antes de tudo, a um princípio de eqüidade, de igualdade proporcional. Em linhas gerais, ‘justiça’ é não oprimir nem privilegiar; é não menosprezar nem endeusar; é não subvalorizar e tampouco supervalorizar. O primeiro conceito de ‘justiça’ vem do mundo secular. O interesse na ‘justiça’, na Bíblia, tem sua origem nas exigências pela justiça social e política, bem como pelos direitos humanos. A justiça social está presente na Lei e nos Profetas, abrangendo o aspecto político e religioso. A Bíblia, como um todo, não nega a importância dessas demandas, porém reinterpreta os objetivos da ‘justiça’, para dar-lhe um novo significado. Nesse afã de dar uma nova roupagem ao conceito tradicional de ‘justiça’, é preciso refletir na seguinte questão: Qual é a base do Antigo Testamento para a reformulação do conceito de 'justiça'?

II. DESENVOLVIMENTO

I. O PAPEL POLÍTICO E SOCIAL DA PROFECIA NAS ESCRITURAS

1. O profeta e o povo. Os profetas foram homens de Deus vocacionados para um árduo trabalho e estavam acima dos demais homens em virtude desse chamado e o conseqüente relacionamento íntimo que gozavam com YAHWEH. Os demais representantes divinos (sacerdotes, juízes, reis) tinham o seu quinhão, mas nenhum destes alcançou a influencia dos profetas na história da nação judaica e na história da redenção. A figura do profeta está presente na história bíblica desde a época patriarcal (Gn 20.7). Ainda que haja menção de Abraão como profeta (Gn. 20.7), é Moisés o primeiro profeta nacional de Israel. Antes da instauração da monarquia em Israel, os profetas eram vistos como figuras centrais pela sociedade, pois eram os únicos canais humanos e legítimos de comunicação entre Deus e o povo. Em 1Sm 9.9, temos um esclarecimento que nos permite afirmar que, num primeiro momento, o profeta em Israel era o rõ’eh e/ou hõzeh (vidente). Com a monarquia, houve desenvolvimento do conceito e o profeta passou a ser chamado de nabi, e pela forma feminina nebiyah, (profetisa; como Miriã, Débora, Hulda (duas vezes), Noadias e a esposa de Isaías. - PC 1Sm 3.20, Bíblia de Estudo plenitude, p. 293), aquele que anuncia a vontade de Deus através da palavra. Já o ofício profético organizado em Israel remonta aos dias do profeta Samuel. Foi ele quem deu origem ao ofício de profeta como uma ordem ou classe organizada. Nesse sentido, ele é “o primeiro dos profetas” – distinção que as Escrituras neotestamentárias reconhecem perfeitamente: “E todos os profetas desde Samuel, todos quantos depois falaram, também anunciaram estes dias” (At 3.24 cf. 13.20; Hb 11.32). É Samuel quem elenca os critérios para se distinguir o verdadeiro profeta: ele é chamado por Deus (1Sm 3.4ss); tudo o que diz se cumpre (1Sm 3.19); anuncia a Palavra (1Sm 4.1); defende a justiça social (1Sm 8.11-18); intercede pelo povo (1Sm 9.6,8,10); é homem de YAHWEH (1Sm 9.9,11,18,19), seu instrumento (1Sm 10.1ss) e proclamador de oráculos (1Sm 22.23,28). Mas é, sobretudo, fiel à Lei (1Sm 12.1-5). Além desse elenco, o critério fundamental são as próprias palavras do homem que se apresenta como profeta: se aquilo que diz se verifica, então será considerado verdadeiro profeta: “Quando o profeta falar em nome do SENHOR, e essa palavra não se cumprir, nem suceder assim; esta é palavra que o SENHOR não falou; com soberba a falou aquele profeta; não tenhas temor dele.” (18,22). Depois do exílio, nasce o judaísmo propriamente dito, com todas as suas leis. O profeta não perde seu valor e Samuel institucionaliza o ofício de profeta - nasce uma instituição, mais importante na vida de Israel do que a própria monarquia: “E quanto a mim, longe de mim que eu peque contra o SENHOR, deixando de orar por vós; antes vos ensinarei o caminho bom e direito.” (1Sm 12.23). Foram líderes não apenas religiosos, mas também políticos, cujas atividades proféticas cumpriam importantes funções de ordem política e social. (Dt 34.10-12; 1 Sm 3.1,20,21; 7.15-17).

2. O profeta e o rei. A partir do reinado de Davi, os profetas passaram a fazer parte do grupo de conselheiros do rei. Natã e Gade são exemplos desse período (2 Sm 7.17; 24.18,19). A monarquia, ou qualquer outra forma de poder, não é intrinsecamente má, mas longe do princípio da justiça divina se absolutiza e torna-se veículo de opressão (1Sm 8.11ss). O perigo só se afasta se houver a acolhida dos conselhos corajosos dos enviados de YAHWEH. Suas profecias tinham não somente uma função política, mas também eram importantes para a manutenção da ordem social.

3. O profeta marginalizado. O movimento profético fora veementemente contra a imposição da monarquia sobre o povo, justamente porque ele fora estabelecido para favorecer uma minoria rica e abastada enquanto que o povo era tributado e oprimido pelo sistema real. Na monarquia, houve a necessidade de se centralizar o culto na cidade do rei, ou seja, na capital e com isso mostrar que o rei era representante de Deus na terra e suas decisões estavam de acordo com a vontade divina. O templo também serviu para calar a voz dos revoltosos e assim diminuir a intensidade dos conflitos, pois Israel passara a depositar cada vez mais suas esperanças no templo. O profeta Jeremias criticou essa postura de Israel, quando diz:

“A palavra que da parte do SENHOR, veio a Jeremias, dizendo: Põe-te à porta da casa do SENHOR, e proclama ali esta palavra, e dize: Ouvi a palavra do SENHOR, todos de Judá, os que entrais por estas portas, para adorardes ao SENHOR. Assim diz o SENHOR dos Exércitos, o Deus de Israel: Melhorai os vossos caminhos e as vossas obras, e vos farei habitar neste lugar. Não vos fieis em palavras falsas, dizendo: Templo do SENHOR, templo do SENHOR, templo do SENHOR é este. Mas, se deveras melhorardes os vossos caminhos e as vossas obras; se deveras praticardes o juízo entre um homem e o seu próximo; Se não oprimirdes o estrangeiro, e o órfão, e a viúva, nem derramardes sangue inocente neste lugar, nem andardes após outros deuses para vosso próprio mal, Eu vos farei habitar neste lugar, na terra que dei a vossos pais, desde os tempos antigos e para sempre. Eis que vós confiais em palavras falsas, que para nada vos aproveitam. Porventura furtareis, e matareis, e adulterareis, e jurareis falsamente, e queimareis incenso a Baal, e andareis após outros deuses que não conhecestes, E então vireis, e vos poreis diante de mim nesta casa, que se chama pelo meu nome, e direis: Fomos libertados para fazermos todas estas abominações? É pois esta casa, que se chama pelo meu nome, uma caverna de salteadores aos vossos olhos? Eis que eu, eu mesmo, vi isto, diz o SENHOR. Mas ide agora ao meu lugar, que estava em Siló, onde, ao princípio, fiz habitar o meu nome, e vede o que lhe fiz, por causa da maldade do meu povo Israel. Agora, pois, porquanto fazeis todas estas obras, diz o SENHOR, e eu vos falei, madrugando, e falando, e não ouvistes, e chamei-vos, e não respondestes, Farei também a esta casa, que se chama pelo meu nome, na qual confiais, e a este lugar, que vos dei a vós e a vossos pais, como fiz a Siló.” (Jr 7.1-14).

Com a decadência espiritual dos monarcas de Israel, os profetas desenvolveram seu ministério distante do culto central. Dessa forma, se empenharam em mudar a estrutura social tanto em Samaria como em Jerusalém, diante de tanta corrupção e injustiça generalizada.

SINÓPSE DO TÓPICO (1)

A profecia exercia um papel fundamental na esfera política e social em Israel, haja vista os ministérios dos profetas Moisés, Samuel, Natã, Isaías e Jeremias.

II. O PROFETA É ENVIADO AO REI

1. O princípio do fim do reino de Judá. Reino Dividido: Judá e Israel - Após a morte de Salomão, as tribos do norte se separaram, criando o reino de Israel ou do Norte. Este reino possuía uma área geográfica maior e era mais rico que o reino do Sul ou de Judá. Porém, politicamente era instável, ao contrário do de Judá, que continuou governado pela dinastia de Davi. A separação pode ser estuda de um ponto de vista da ‘Justiça Social’: Em 931 a.C.; as dez tribos do norte se revoltaram contra o regime opressor decretado pelo o filho de Salomão, formando o reino de Israel. A dinastia davídica restringiu-se ao território de Judá, com a parte da antiga tribo de Benjamim, que lhe era vizinha. Esse reino, situado no sul, passou para história com o nome de Judá. O cisma político foi causado principalmente, por discordâncias do sistema de governo. As tribos do Norte, penalizadas com os tributos no regime de Salomão, reivindicavam um sistema igualitário e menos opressor. A falta de experiência política de Roboão, anunciando um governo ainda mais opressor, provocou a revolta e consolidou a dissidência entre as duas regiões. O Reino de Israel iniciou-se com o reinado de Jeroboão I, após a morte de Salomão, em 931 aC, e se prolongou até 722 aC, quando este reino foi conquistado pelos Assírios. Já o reino de Judá, também inaugurado após a morte de Salomão, teve como primeiro rei Roboão, seu filho, e prolongou-se até a conquista pelos babilônicos em 597 a.C. Motivo do castigo imposto à Judá - O ‘ponta-pé’ inicial da derrocada do reino do sul foi dado pelo ímpio rei Manassés, procedendo mau aos olhos de Deus, e por causa de suas obras, todo Judá estava condenado ao exílio e à escravidão, o que veio a suceder-se após o reinado de Ezequias. O declínio do Egito, da Fenícia e das nações vizinhas contribuiu para o isolamento de Judá e o quadro acelerou-se depois da queda do reino do Norte (Israel), quando os reis de Judá foram obrigados a reconhecer a supremacia Assíria. Deviam pagar-lhe pesados impostos, cuja carga recaía sobre o povo. No oriente próximo, a Assíria entra em rápido declínio, e em poucos anos seu território foi absorvido pela Babilônia. Nabucodonosor II, rei da Babilônia, empreendeu uma campanha militar contra Judá. Enfrentando pouca resistência, conseguiu entrar em Jerusalém, em 598 a.C., e levou consigo utensílios do Templo e o próprio rei Jeoaquim como prisioneiro. Em seu lugar, estabeleceu o filho de Jeoaquim, Joaquim, como rei de Judá. Joaquim, com oito anos de idade, teve o mesmo destino de seu pai 3 meses e 10 dias depois de sua coroação. Nabucodonosor então colocou sobre o trono o irmão de Joaquim, Zedequias. Governando como um títere da Babilônia, Zedequias manteve-se no poder por 11 anos, quando então rebelou-se contra Nabucodonosor, provavelmente ao recusar-se pagar os pesados tributos. Foi o suficiente para que o rei babilônico declarasse guerra a Judá, invadisse Jerusalém, matasse seus habitantes, despojasse o Templo de todos os seus bens de valor e ateasse fogo a ele. O Reino de Judá já não existia mais. No devastado Judá permaneceram apenas os mais pobres. Todo o restante do povo que sobreviveu ao ataque de Nabucodonosor foi levado às cidades do reino da Babilônia. A história de Judá após exílio na Babilônia passou a ser a mesma do próprio povo Judeu, até os dias de hoje.

2. Profecia dirigida ao rei. Enquanto a cidade de Jerusalém estava sob o cerco babilônico e a maioria das cidades fortificadas de Judá estavam assoladas, revela-se a Zedequias que ele será capturado pelos babilônios, mas que teria morte pacífica e funerais dignos. Um quadro bem mais sombrio é descrito no capítulo 21 e o tratamento de Zedequias é descrito no capítulo 52.8-11.

3. O destino do rei Zedequias é anunciado. Por qual motivo Jeremias não era benquisto em Judá? Sua mensagem era: “Se quisesse ter paz, o povo deveria se submeter ao rei da Babilônia”. Nabucodonozor nomeou para o trono a Zedequias, tio de Jeoaquim. Zedequias era o filho mais novo de Josias, e foi o ultimo rei de Judá. Foi um governante pífio, que procurava contrabalancear as facções adversárias que lutavam pelo poder em Judá. Ele começou a ouvir mais a Jeremias do que seus antecessores; porém era tarde demais para isso fazer qualquer diferença. Zedequias governou por dez anos, pagando tributos a Babilônia. Quando Zedequias deixou de pagar tributo e firmou um acordo com o Egito, Nabucodonozor perdeu a paciência e mandou um exercito para por fim à cidade de Jerusalém. Infelizmente, os contemporâneos de Jeremias acreditavam mais na mensagem do falso profeta Hananias, que incitava o povo a se levantar contra o rei de Babilônia, dizendo - mentirosamente - que em dois anos seria quebrado o jugo dos caldeus (28.11). Por isso, esse profeta era visto com desconfiança, como um espião em favor dos inimigos, e tido como traidor (37.13).

SINÓPSE DO TÓPICO (2)

A questão social em Israel era tão relevante para o Senhor que, por ignorá-la, Zedequias e o povo foram severamente castigados.

III. A QUESTÃO DE ORDEM SOCIAL

1. A liberdade dos escravos hebreus. A Babilônia havia sitiado Jerusalém e a cidade estava prestes a ser destruída. Zedequias resolveu ouvir os conselhos de Jeremias e convoca a nação a libertar os escravos, esperando com isso o livramento divino. Pensou que poderia angariar os favores divinos por meio de um ‘ato de bondade’, mas o que Deus esperava dele e da nação era uma conversão sincera. Bastou os caldeus darem uma folga durante o cerco, o povo recuou da ‘ação bondosa’. A tentativa de libertar os escravos e de cumprir o que determinava Lv 25.54, foi incompleta.

2. A alforria dos escravos é cancelada. Os judeus tinham uma concepção acerca da escravidão diferente do mundo ocidental. Ela não tinha cunho racial, mas tratava-se de uma ‘política econômica’, cuja intenção era prevenir o total desamparos dos desvalidos. Haviam leis que protegiam os direitos dos escravos, e este, deveria ser liberto no Ano do Jubileu. Como muitos pontos da Lei, este também deixou de ser observado. No Templo, os judeus prometeram obedecer solenemente ao Senhor, mas de volta às suas casas, esqueceram do que haviam votado.

3. A indignação divina. O Senhor almeja que nossas promessas sejam reais e cumpridas cabalmente, não apenas nos momentos de adoração. O rei e o povo não observaram o que prometeram, um sinal de que não houve arrependimento e mudança de vida. Não foram os caldeus que deitaram a espada sobre Judá, mas foi o próprio Deus fazendo cumprir o que determinava a cerimônia do pacto:cortar um bezerro em duas partes e caminhar entre elas, era um modo habitual de ratificar um contrato; a parte que não cumprisse o acordado deveria perecer do mesmo modo como os animais (Gn 15.9,10).

SINÓPSE DO TÓPICO (3)

A questão social em Israel era tão relevante para o Senhor que, por ignorá-la, Zedequias e o povo foram severamente castigados.

III. CONCLUSÂO

Em Jr 23.6 há uma promessa de renovo , Deus promete recolher o resto, fazê-lo voltar e levantar um Renovo Justo, que será um verdadeiro rei davídico. O oráculo faz um jogo com o nome de Zedequias (O Senhor é minha justiça), com o Renovo justo (O Senhor, Justiça Nossa), Jesus, que foi justiça em tudo o que realizou. Deus ensinou a base para reconstruir a nação: observar a justiça; abandonar o mal e fazer o bem. Fazer o que é certo é mais que crer em todas as doutrinas a respeito de Deus. Significa viver em obediência a Ele. As boas ações não nos salvam, porém têm um peso na demonstração da fé que possuímos.

APLICAÇÃO PESSOAL

“(...) será governado da melhor maneira e de modo mais equânime aquele Estado em que aquele que deve governar não tenha a ânsia de fazê-lo, enquanto o contrário ocorre se os governantes têm ambição pelo poder” Platão. O verdadeiro político, no pensamento Platônico, não ama o poder, mas dele se utiliza como instrumento para a produção de serviços destinados à realização do bem. Esta lição é oportuna, em época de decisão política, nos convida à reflexão sobre os aspectos de justiça conforme as Escrituras, nosso guia de conduta. É preocupação do Senhor também o nosso bem-estar, não da forma como pensam os defensores da Prosperidade, mas quero fazer uso de outro pensamento Platônico para definir o bem-estar social conforme as Escrituras: “A idéia do bem (...) quando compreendida, se impõe à razão como a causa universal de tudo o que é bom e belo” Platão, ou como traz o Texto de Ouro desta lição: “ O objetivo principal da profecia bíblica é levar o homem a amar a Deus acima de todas as coisas e ao próximo como a si mesmo, a fim de que haja ordem e bem-estar social”. Há um ditado latino que espelha bem a justiça secular: "Dura Lex sed Lex” (Dura é a lei, mas é a lei). Nota-se nesse ditado a inflexibilidade e dureza da lei e sua aplicação. A Bíblia não define assim sua justiça. A tradução do termo hebraico torah por "lei" é indevida. Torah (do hebraico תּוֹרָה, significando instrução, apontamento, deleal) é o nome dado aos cinco primeiros livros do Tanakh (também chamados de Hamisha Humshei Torah, חמשה חומשי תורה - as cinco partes da Torá) e que constituem o texto central do judaísmo. O substantivo torah vem da raiz verbal yarah que quer dizer lançar, ensinar, instruir. O Salmo 19.7-9 lança mais luzes sobre o significado de Torah:

“A lei do SENHOR é perfeita, e refrigera a alma; o testemunho do SENHOR é fiel, e dá sabedoria aos símplices. Os preceitos do SENHOR são retos e alegram o coração; o mandamento do SENHOR é puro, e ilumina os olhos. O temor do SENHOR é limpo, e permanece eternamente; os juízos do SENHOR são verdadeiros e justos juntamente.”

A lei do Senhor não é dura e inflexível. Pelo contrário, é tão perfeita que faz a vida voltar; é firme e torna o sábio simples, alegra o coração, ilumina os olhos. Por quê? A resposta está no critério do julgamento divino: amor, bondade etc. Assim se desvenda o mistério nas palavras de Jesus para João Batista: “[...]Deixa por agora, porque assim nos convém cumprir toda a justiça...” (Mt 3.15). Deus fez o homem um ser espiritual, físico e social, portanto, a obrigação de amar o nosso próximo nunca pode ser reduzida para somente uma parte dele. Devemos amar nosso próximo como Deus o criou (o que é mandamento para nós), então, inevitavelmente, estaremos preocupados com o seu bem-estar total. A igreja recebeu um importante papel social. As questões políticas e sociais foram assuntos defendidos pelos profetas em sua época. Como coluna e firmeza da verdade a Igreja deve, através de suas ações, denunciar injustiças sociais e também amparar os injustiçados (Mt 25.35-46). Muito antes de aparecer a expressão moderna justiça social, a Bíblia já preceituava: "Amarás o teu próximo como a ti mesmo". Embora esse princípio bíblico fosse um excelente slogan para uma das tantas campanhas sociais que se vê por aí, ele vai muito, mas muito além do que isso. Quem tem esse amor altruísta, independente das pressões da justiça social, é solidário filantropicamente com seu semelhante, seja ele irmão na fé, patrão, empregado, vizinho, e mesmo um oponente. O valor humano não pode ser igualado à raça, riqueza, classe social ou nível educacional. Todos são significativos e valiosos para o Senhor (Mt 25.40). A atividade da Igreja se direciona em dois sentidos: vertical – adoração, atividades espirituais; horizontal – servir ao próximo, atividades filantrópicas e sociais. Por isso Deus estabeleceu ministérios na Igreja. Ministério significa serviço. Deus incluiu entre os ministérios dados a Igreja, o serviço social (Rm 12.8). Em Tiago 2.15, 16, vemos que a fé, da qual Jesus é o autor e consumador, opera por amor, voltado para o nosso semelhante. Veja Efésios 6.23 e Gálatas 5.6. Fé sem esse amor, bem como amor sem fé, ambos são inoperantes. Esta é a base não apenas do Antigo Testamento, mas das Escrituras como um todo, para a reformulação do conceito de 'justiça'. Muitos têm aptidão para a política, os que lá estão têm a incumbência de falar o que é pertinente à justiça social, ao bem-estar comum, construir estratégias de ação social que vá de encontro ao que preconiza as Escrituras. O bem-estar físico e material do ser humano deve ser também uma preocupação da Igreja enquanto ela estiver aqui na Terra.
Vamos aproveitar esse momento para refletir e decidir bem o destino do nosso voto.
N’Ele, que nos diz: "Deixa por agora, porque assim nos convêm cumprir toda a justiça" (Mt 3.15),

Fonte: Francisco A Barbosa

BIBLIOGRAFIA PESQUISADA

- RICHARDS, Lawrence O. Guia do Leitor da Bíblia. 1.ed. RJ, CPAD, 2005, p.469;

- A Política, Aristóteles, tradução Nestor Silveira Chaves, Escala;

- Bíblia de Estudo Pentecostal, CPAD;

- Bíblia de Estudo Plenitude, SBB;

- STOTT. John R. W. Cristianismo Equilibrado. Rio de Janeiro, CPAD, pp.60-1

- Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, Editora Objetivo, Rio de Janeiro, 2001

- http://www.slideshare.net/gotchalk/profetismo;

- Imagem: (Ana e Simeão no Templo_Rembrant).


segunda-feira, 12 de julho de 2010

Cuidado com os falsos profetas

 Exemplo de uma ação que não é da vontade de Deus. Como diz a Bíblia em   I Tm 4.1,2 "Mas o Espítito expressamente diz que, nos últimos tempos, apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores e a doutrinas de demônios, pela hipocrisia de homens que falam mentiras, tendo cauterizada a própria consciência". Cuidado com os falsos profetas.Veja o vídeo abaixo e tire as suas conclusões.
   

segunda-feira, 5 de julho de 2010

INFORMATIVO MISSIONÁRIO

A XVII Conferência Missionária foi uma bênção, para a glória de Deus!Na sexta-feira, o Pr. Pastor Presidente da Igreja Assembleia de Deus Missões em Juiz de Fora/MG, Sa-muel Lopes da Silva, fez a abertura oficial da Conferência. Dentre os vários pontos explanados em seu ser-mão, baseado no tema da Conferên-cia (Mt 28.19,20), ele discorreu sobre a doação da sua própria vida a Missões: deixou sua terra natal, Murici/AL, deslocando-se por várias cidades. Encontra-se há quinze anos, comple-tados em 20/05, na cidade de Juiz de Fora/MG, exercendo o “IDE” do Senhor, juntamente com a sua esposa Marlene Cavalcante da Silva, Super-visora Geral do Círculo de Oração; a mesma doação aconteceu com a Irmã Marlene, que nessa mesma peregri-nação, deixou Manaus/AM em prol da obra missionária. Portanto, somos privilegiados, já que a nossa Igreja é pastoreada por esses missionários! No sábado, o grande agir do Se-nhor foi sentido por todos os irmãos. O preletor da noite foi o missionário Pr. Elias Pereira, que nos relatou suas experiências no campo missionário. No Uruguai, permaneceu fazendo missões com a sua família por onze anos. Realizou, também, várias Con-ferências na Bolívia, Equador e Argentina, reavivando a chama missio-nária; de acordo com o missionário, o Senhor deu a ele a oportunidade de evangelizar várias autoridades desses países, bem como os mais pequeni-nos. E no final do seu sermão, convi-dou àqueles que desejavam entregar suas vidas à obra missionária para re-ceberem uma oração especial; quatro membros da Igreja se prontificaram a fazer o “IDE” do Senhor, os irmãos Abimael da Silva Simões, Angélica Si-meão, Vera Lúcia Ruela e o Pr. Toni Franklin Querino, para a glória de Deus.E encerrando a abençoada Confe-rência, o missionário que se encontra em Queimados/RJ, Pr. Edson José da Silva, foi o preletor da noite de domin-go. Baseando-se no tema da conferên-cia, disse “sobre a necessidade de ter paciência para que um lugar que apa-rentemente nada possui, passe a ter,dando frutos para a obra de Deus”.Para finalizar este artigo, agradeço a Deus pela vida de todos os irmãos, que estão conosco batalhando em prol das almas - quer seja em oração, contribuição ou ofertando o apoio necessário para seguirmos avante! Sem vocês, esta obra pereceria! Agradeço, também, aos novos mantenedores da ASSAM, cerca de quarenta, que Deus possa recompensar a cada um dos irmãos. Esse foi um dos ob-jetivos alcançados nessa Conferência, já que temos o projeto de enviar o(a) futuro(a) missionário(a), a fim de apregoar as boas novas. A Deus toda a honra, glória e louvor!XVIIConferência Missionária

Paulo Roberto Delgado Simões é Pastor da Igreja Assembleia de Deus Missões em Juiz de Fora, MG, Diretor Executivo do Departamento de Missões e dirigente das Congregações em Chácara, MG e no bairro Filgueiras, em Juiz de Fora, MG. Supervisiona a congregação em Belmiro Braga, MG e a Vila São Francisco. È diretor do Setor 05.


Nossos Missionários
Que Deus abençoe a todos vocês que estão na nossa retaguarda, pois estamos contando com os irmãos para o crescimen-to da obra do Senhor.Assim como está escrito nas escriturassagradas, que os sinais seguirão a todos os que creem, nós temos visto isto a cada dia.Certo dia aqui na África, fui visitar uma irmã. Mas, ainda pelo caminho, antes de che-gar à determinada casa, avistei uma mulherque sempre visitava a nossa Igreja. Porém, na-quele dia estava desorientada, sem direção.Diante daquela situação, fui ao seu en-contro e a conduzi para a casa de uma irmã mais próxima àquela região em que estáva-mos. Chegando lá, oramos ao Senhor em prol daquela vida que se encontrava tão perturbada. Contudo, descobrimos que aquela mulher possuía um patuá amarrado em sua cintura, já que havia ido ao terrei-ro de feitiçaria. Fizemos um caldo para ela devido a fraqueza física que se encontrava. Com isso, foi recuperando as suas forças.Hoje, graças à Deus vai a Igreja com mais frequência para ouvir a palavra de Deus. Peço orações aos irmãos por estamulher e suas filhas, já que são prostitutas e verdadeiras escravas do diabo. Mas, acredi-tamos no poder da palavra que pregamos!Agradeço a todos os irmãos que oraram por mim, já que estive doente, mas, graças a Deus, encontro-me bem de saúde.Agradeço a Deus, também, pelas con-tribuições dos irmãos em prol da obra do Senhor. Que o nosso Deus recompense a todos, em nome de Jesus. Amém.Pedidos de oração:1 - pela construção da Igreja na Ilha do Fogo;2 - para a aquisição de um veículo para tra-balharmos no interior da ilha;3 - pela abertura do trabalho em Ponta Ver-de, já que estamos encontrando resis-tência dos lideres; 4 - pela minha saúde; 5 - pelas almas em Ponta Verde.

Débora Abreu é membro da Igreja Assembleia de Deus Missões em Juiz de Fora, MG e Missionária na Ilha do Fogo, Cabo Verde. Este é um e-mail informativo enviado pela Missionária para a Igreja Sede em Juiz de Fora, Minas Gerais, Brasil.

FONTE: BOLETIM INFORMATIVO MISSIONÁRIO Ano II - nº 10 - JULHO / AGOSTO
IGREJA ASSEMBLEIA DE DEUS MISSÕES EM JUIZ DE FORA - MG
DEPARTAMENTO DE MISSÕESAVENIDA DOS ANDRADAS, 1125 - MORRO DA GLÓRIA-JUIZ DE FORA - MG CEP 36.035-120 TEL.: (32) 3216-2946 e-mail: sec-missoes@hotmail.com http://www.adjuf.com.br/

sexta-feira, 2 de julho de 2010

O MINISTÉRIO PROFÉTICO EM O ANTIGO TESTAMENTO-SUBSÍDIO 2

SUBSÍDIO ESCRITO PELA EQUIPE DE EDUCAÇÃO DA CPAD
http://www.cpad.com.br/paginas/sub_biblicas.htm

Leitura Bíblica em Classe

Números 11.24-29

I. O início do ministério dos profetas

II. O profeta

III. O ministério

Conclusão


O MINISTÉRIO PROFÉTICO EM O ANTIGO TESTAMENTO

Prezado professor, vamos iniciar um novo trimestre em Lições Bíblicas. O tema desse trimestre é “O Ministério Profético na Bíblia, A voz de Deus na Terra”. O objetivo principal desse tema é percorrer toda a Bíblia a fim de descortinar os desdobramentos e implicações do ministério profético nela. Professor, é urgente que a Igreja esteja pronta a conhecer, compreender e discernir quem, de fato, é verdadeiro profeta.

A abordagem de alguns temas é inédita. Por exemplo, veremos como os profetas lidavam com questões de cunho social e político no exercício de seus ministérios e o que isso tem a ver com a igreja; a presença do misticismo em um confronto direto com a verdadeira profecia; a diferença entre dom minesterial de profeta e o dom de profecia (Ef 4.11); qual é a missão profética da Igreja? São temas que edificarão a sua vida a de seus alunos.

O profeta e o seu ministério

O termo profeta é derivado do grego prophetes, “aquele que fala sobre aquilo que está porvir, um proclamador ou intérprete da revelação divina. Esse termo refere-se àquele que age como porta-voz de um superior. Pode, também, ser utilizado como sinônimo de “vidente” ou “pessoa inspirada” (Os 9.7; 1 Sm 9.9). O termo hebraico para profeta é nabi’ cujo o significado etimológico mostra uma força de autoridade representativa . Em Deuteronômio 1.18b Deus afirma que o profeta [nabi’] declarará tudo que Ele ordenar. Em Êxodo 7.1 nabi’ [profeta] tem o mesmo valor semântico de representação de autoridade. Em outras passagens como Êxodo 4.15,16; Jeremias 1.17a; 15.19; a palavra nabi’ [profeta] aparece no contexto de um mensageiro que fala em nome de um superior.

O ministério de profeta tem seu início em Moisés com a manisfestação clara do exercício profético no arraial israelita (Nm 11.25,26). A concepção da instituição divina de ministério profético é ratificada em Deuteronômio 18.9-22, onde a contraposição entre profeta e prognosticadores (encantadores, mágico, etc.) é feita com a promessa do surgimento do grande profeta em Israel (vv. 15-22): Jesus Cristo (At 7.37,38).

No período monárquico, em Israel, aparecia a primeira escola de profetas (1 Sm 10.5,10). Isso introduz o papel importante que o profeta exerceria no período monárquico. Ele seria consultado pelos os reis como representantes de Deus para com o povo. Este profeta falaria ao rei através dos oráculos. Esse período para os profetas, em Israel, é marcado por respeito e reverência por parte da nobreza e do povo (1 Sm 16.4,5).

No período da monarquia dividida, surge o então conhecido movimento de profetas em Israel que tecnicamente, em Teologia, é chamado de Profetismo. Esse movimento tinha o objetivo de restaurar o monoteísmo hebreu. Os profetas desse período combatiam a idolatria, denunciavam as injustiças sociais, proclamavam o Dia do Senhor com o objetivo de reacender a esperança messiânica no povo. Esse movimento iniciou em Amós encerrando, cronologicamente com Malaquias. Esse período, diferentemente do anterior, caracterizado pelo sofrimento e marginalização que os profetas eram condicionados a passar. De homens dignos de reverência passaram, os profetas, a homens “dignos” de tratamentos mais baixos possíveis. Isso porque a mensagem de tais profetas ia de encontro aos interesses escusos das lideranças religiosas e políticas de Israel e Judá (Hb 11.36-38).

Professor, faça esse mapeamento a fim de introduzir os dados essenciais para compreender o início e o propósito do ministério profético em Israel no período do Antigo Testamento. Boa Aula!

Referência Bibliográfica

Dicionário Wycliffe. Rio de Janeiro, CPAD.

ANDRADE, Claudionor de. Dicionário Teológico. Rio de Janeiro, CPAD.
http://www.cpad.com.br/paginas/sub_biblicas.htm

MINISTÉRIO PROFÉTICO NO ANTIGO TESTAMENTO

Subsídio EBD

Lição 1 - 04/07/2010

TEXTO ÁUREO: Oséias 12.10 Falei aos profetas, e multipliquei a visão; e pelo ministério dos profetas propus símiles.

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: Números 11.24-29

O MINISTÉRIO PROFÉTICO DO ESPECÍFICO AO PLENO
1. O TRABALHO DOS PROFETAS É PRIVILÉGIO PARA O POVO

* Deus sempre vem preparar o momento do milagre - Números 11.24 E saiu Moisés, e falou as palavras do SENHOR ao povo, e ajuntou setenta homens dos anciãos do povo e os pôs ao redor da tenda. Atos 2.1 E, cumprindo-se o dia de Pentecostes, estavam todos concordemente no mesmo lugar;
* É a presença de Deus que trás excitação espiritual - Números 11.25 Então o SENHOR desceu na nuvem, e lhe falou; e, tirando do espírito, que estava sobre ele, o pôs sobre aqueles setenta anciãos; e aconteceu que, quando o espírito repousou sobre eles, profetizaram; mas depois nunca mais. Atos 2.4 E todos foram cheios do Espírito Santo, e começaram a falar noutras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem.
* Os dons proféticos vem pela aprovação do Espírito - Números 11.26 Porém no arraial ficaram dois homens; o nome de um era Eldade, e do outro Medade; e repousou sobre eles o espírito (porquanto estavam entre os inscritos, ainda que não saíram à tenda), e profetizavam no arraial. I Coríntios 12.7 Mas a manifestação do Espírito é dada a cada um, para o que for útil.

2. O PROFETA É COMISSIONADO COMO AGENTE DO SENHOR

* O ofício profético é dado a quem Deus quer usar - Números 11.27 Então correu um moço e anunciou a Moisés e disse: Eldade e Medade profetizam no arraial. I Coríntios 2.11 Mas um só e o mesmo Espírito opera todas estas coisas, repartindo particularmente a cada um como quer.
* Refutar escolhas divina é ir contra a sua soberania - Números 11.28 E Josué, filho de Num, servidor de Moisés, um dos seus jovens escolhidos, respondeu e disse: Moisés, meu senhor, proíbe-lho. Atos 9.13 E respondeu Ananias: Senhor, a muitos ouvi acerca deste homem, quantos males tem feito aos teus santos em Jerusalém;
* É repreensível ter ciúmes do preferido do Espírito - Números 11.29a.. Porém, Moisés lhe disse: Tens tu ciúmes por mim? Tiago 3.16 Porque onde há inveja e espírito faccioso aí há perturbação e toda a obra perversa.

3. O MINISTÉRIO PROFÉTICO VISA A ILUMINAÇÃO DO POVO

* Há obra suficiente para todos que querem servir a Deus - Números 11.29b..Quem dera todo o povo fosse profeta Lucas 10.2 E dizia-lhes: Grande é, em verdade, a seara, mas os obreiros são poucos; rogai, pois, ao Senhor da seara que envie obreiros para a sua seara
* Querer servir a Deus envolve ser receptível ao Espírito - Números 11.29c..e que o Senhor pusesse o seu Espírito sobre ele. Atos 2.17 E nos últimos dias acontecerá, diz Deus, Que do meu Espírito derramarei sobre toda a carne; E os vossos filhos e as vossas filhas profetizarão, Os vossos jovens terão visões, E os vossos velhos terão sonhos;
* Ser receptível a Espírito requer disposição ao chamado - I Samuel 3.10 Então veio o SENHOR, e pôs-se ali, e chamou como das outras vezes: Samuel, Samuel. E disse Samuel: Fala, porque o teu servo ouve. Isaías 6.8 Depois disto ouvi a voz do Senhor, que dizia: A quem enviarei, e quem

Elaborado pelo Pr Adilson Guilhermel